22 de nov. de 2010

Infinita Highway

"Minha vida é tão confusa quanto a América Central...

É, ultimamente não tenho tido tempo nem para os meus devaneios.
Parece que tudo se acomodou, que tudo se estabilizou, que se transformou.
Minha mente hoje está tranquila, meu coração idem.
Como uma eterna geminiana que nunca está satisfeita com nada que tem (não sei bem se isso é bom ou ruim), sempre quero mais, algo além , algo que não me pertençe.
Tenho tido pouco tempo pra mim, e pouco espaço também. Nos últimos dias, tenho pensado demais nos outros e pouco no meu próprio eu.
Graças a uma força que eu não sei bem qual é, meus medos foram deixados de lado, a confiança aos poucos retorna para o seu lugar e o amor vive sem mais afilções.
Desejo realmente que nada volte a ser como era antes, que daqui pra frente tudo seja mais azul do que já é, caso contrário, duvido muito que minha mente suporte novamente tantas provações.

... por isso não me acuse de ser irracional"


6 de set. de 2010

Remos

"Chega a um ponto que você acorda e se pergunta o que está acontecendo. Quando percebe que as coisas que te davam tremenda euforia já não lhe causam mais tanta emoção. Que aquilo que te feria amargamente já não lhe causa tanto impacto. Você se questiona se a vida te anestesiou... até perceber que novas coisas lhe trazem novas emoções. Coisas que você nunca valorizou passam a ser fundamentais em sua vida. Tudo aquilo que nunca imaginou agora você se percebe fazendo. E ainda com o maior prazer! Descobre em si mesmo forças que nunca pensou possuir e emoções que chegou a duvidar que existissem. Você anda mais um pouco, pára e se pergunta se aquele ali ainda é você. Você se acha estranho. A euforia passou e no lugar dela, tomou conta uma felicidade terna e constante... Então você percebe que a coisa que mais te assustava já não lhe é mais tão assombrosa. Percebe que depois de subir um degrau na escada da vida, não se pode mais voltar a ver as coisas sob o mesmo ângulo.

Então você viu que cruzou o oceano, chegou à outra margem, e, sem mesmo perceber, queimou seu próprio barco para se permitir ali permanecer, pois já não há mais vontade de voltar..."

(Autor desconhecido)

To be, or not to be?

Depois de tantas buscas desenfreadas, de tantos choros e lamúrios, de tantos diálogos construtivos e outros nem tanto, depois de tantas vezes ter colocado a minha mão no fogo, de ter dado chances que nunca foram efetivamente aproveitadas, depois de tantas vezes sentir que no final do dia, nem eu mesma acreditava nas minhas próprias ilusões, depois de tanto, depois de ter me ter vindo tão pouco, depois... aconteceu o que mais me amedontrava.

Essa angústia incurável, essa dor latente que me assola, não quer se desprender de mim, não mais.
Não acho a luz no final do túnel, alguém por favor poderia me mostrar?
Eu não suporto tanto, talvez achei que fosse mais forte, mas as minhas reações me provam o contrário.

Mais uma vez estou no meu caminho, sem saber por estrada seguir, sem saber se confio nos meus sentidos, se peço socorro, se grito ou se coloco fim nesse sentimento pungente.

A cada dia eu descubro o que a vida sempre me jogou na cara, e eu talvez por ingenuidade, ou por querer fechar os olhos pro inevitável, acreditei.

Será que é tudo tão falso?
Será que há diversão nisso?
Como será que se consegue dizer uma coisa, e agir diferente?

Eu não tenho truques, apenas ofereci o que queria receber.
Não consigo lembrar de mim, esqueci de me amar, me apaguei, me joguei na lama, me deixei ao léu.

Andarei até onde meus pés me levarem, até onde a minha mente suportar e até onde meu coração permitir.

27 de jul. de 2010

Camuflagem instintiva


Na mente um demônio.
No peito um sufoco.
Na garganta um grito.
E no seu rosto um passivo sorriso.
O que é isso?
Camuflagem!

Você sabia que algumas espécies de camaleão são capazes de trocar de cor, o que é sua característica mais famosa.

Ao contrário da crença popular, ele não é incolor, e nem muda de cor de acordo com a cor do ambiente: na verdade, a mudança de sua cor básica é expressão de uma condição física ou psicológica do lagarto.

A pele troca de cor sob a influência de seu humor, da luz ou da temperatura. A mudança de cor tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso. Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar no mimetismo do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional.

O ser humano não é muito diferente.
Expressam-se tão quanto camuflam-se. Há muitos "poréns"
Há uma certa necessidade!
A transparência pode ser fatal.

(comunidade orkuteira genial!)

Eu sou um camaleão, com toda a convicção!

18 de jul. de 2010

Faça

Olhe para ela, sinta, veja.
Não finja que sabe o que ela é, o que ela pensa.
Se esforçe pra saber quem é esta que lhe dedica um amor tão grande, que daria um dia de sol pela tua felicidade.
Veja que ela corre ao teu lado, que vibra com a tua alegria, que sonha em entrar na igreja de véu e grinalda com você.
Que tolera os teus defeitos, que respira fundo e conta até dez quando tu dizes algo de mal gosto à ela.
Procura ver do que ela gosta, e do que ela não gosta principalmente.
Não repitas o mesmo erro, não tornes a dizer as palavras mundanas que a machucam tanto.
Não uses o singular quando se referires à ela, à vocês dois.
Duas pessoas, duas almas, dois tipos de personalidade, duas realidades, que se complementam, não se completam. Pessoas se completam com realizações, com orgulho de si mesmas, não precisam de mais ninguém para se completarem. Precisam sim de outro para formar seu par, para adicionar, não subtrair, para complementar.
Escute-a, senão com calma, com paciência.
Não te refiras a ela como um ser qualquer. Ela não é "qualquer", é ela, ela que te amou sem pedir nada, que te confidenciou diversas vezes que não tem razão pára existir se tu não estivéres ao lado dela.
Digas à ela a verdade, digas à ela coisas que nunca disse antes a ninguém.
Te entrega à ela de corpo e alma.
Um amor, só é grande o suficiente se existir um quê de tristeza.
Não à faças cair no marasmo, use a tua criatividade e entusiasmo para dar a ela momentos de pura magia.
Entenda seus medos, seu temperamento, goste também dos defeitos dela, quando tu te apaixonáste por ela, comprástes o pacote completo.
Compreenda as suas reclamações, tenta perceber um fundamento no que ela lhe diz, não jogue as suas certezas de uma vida, as suas convicções no lixo.
Valorize esse alguém que te dá suporte, que te incentivas, que te empurras pra frente. Não questiones nem vá contra o que ela prega na frente de outras pessoas, isso a inferiozira.

Seja uma excessão à regra, burle padrões pressupostos.
Coloque em prática o teu conhecimento tácito.
Faça valer a pena, faça acontecer.
Não espere que o destino escreva o teu"feliz pra sempre"

8 de jun. de 2010

I miss you

Perder quem se ama é tão triste.
Tão sem lógica, tão cruel.
O teu coração se divide em partes que parecem nunca mais se reecontrarem novamente.
A tua mente, no momento da perda, não raciocina, tu não consegue chorar, nem demonstrar nada além de uma interminável tristeza.

É só depois que tudo acaba, quando se está sózinho, frente a uma foto, ouvindo a voz de quem partiu, pensando nos bons e maus momentos, que a verdade vem á tona.
E é aí que choro brota com naturalidade.

E quando lembramos dos momentos, dos risos, das falas, das piadas, das chamadas de atenção, das brincadeiras, das musiquinhas... Ah, as musiquinhas..

"Eu me chamo brugre véio, morador lá do peráu
Comendo carne de bicho e roendo casca de pau"

Eu lembro das vezes que fomos a praia, dos meses que ficávamos lá.
Era tão maravilhoso, limpar a casa toda, cortar a grama e só depois de um dia todo de trabalho, poder descansar.
E ele sempre agitado, querendo fazer tudo, se machucava em quase todos os seus afazeres.

Ninguém pode imaginar a falta que esse velho faz.
Ninguém pode saber a saudade que eu sinto do meu velho.
Ninguém sabe como é triste não te ter aqui, perto de mim.

Hoje tu faria 90 anos...
Saudade inexplicável!
Que tu olhe por mim, pela tua família aí de cima Vô!


"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai pra sempre"
(Bob Marley)

7 de jun. de 2010

Our name is virtue


Eu preciso aprender a ser menos dramática.
Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos?
Pois é. Estranho. Mas eu preciso.
Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma.
Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito.
Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de pare bem no meio da minha frase?
Confesso: eu não consigo.
Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre, me chama e eu vou com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou!
Existe aí algum remedinho para não-sentir?
Quer saber?
Existe.
Existe e eu preciso.
Preciso e não quero.

6 de jun. de 2010

Amor , meu grande amor

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras

Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber, se sou fogo ou se sou água

Amor, meu grande amor, e chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente

Pois tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho, desde o fim, até o começo

Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça
E quando me quiser, que seja de qualquer maneira...

Enquanto me tiver, que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor me reconheça


21 de abr. de 2010

Sentimento ilhado, morto e amordaçado...

Orgulho.

Eu falo do meu pai, por vezes acho que ele peca por ser tão cabeça dura, mas eu sou igual, idêntica, sem tirar nem pôr.

Eu já passei por tantas, enfrentei algumas situações que podiam ser evitadas se eu fosse mais acessível, mas branda.

Eu sou o tipo de pessoa que quer as coisas do jeito certo, pelo menos o que eu penso sobre certo, e isso é demasiadamente ruim, por que cada um tem a sua visão de certo e errado, quem sou eu pra julgá-las?
Eu gosto de resolver o que não esta bem entendido, ir ao cerne de uma questão, mesmo que pra isso eu perca algo pelo caminho.
Eu quero sempre resolver as coisas pra amanhã. Pra que deixar as coisas pra depois? As nossas vidas são decididas no presente, e não no futuro.
Prefiro atitudes, palavras o vento leva. Nós falamos agora, e o depois é o depois. Quem garante que o que foi dito se cumprirá?

Eu preferia não ser tão orgulhosa e tão espelho do meu pai.
Queria não ser intransigente, e aceitar as coisas que não são do modo como eu quero, com mais facilidade.
Queria ouvir o que me dizem e não ficar procurando significados dúbios para as palavras que chgam a mim.
Quem dera se eu tivesse mais paciência pra resolver os meu problemas.
Queria não esperar das pessoas o que eu acho que elas tem pra me oferecer, e sim o que elas me oferecem, mesmo não sendo o meu modelo de correto.
Queria ser menos cínica ás vezes, e ter a lingua menos afiada também.
Queria não ter coragem de falar coisas que eu penso.
Queria ter medo de falar o que eu penso.
Queria não querer ser assim.


“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”

(Clarice Lispector)

2 de abr. de 2010

Sobrevida Amorosa

O que é preciso pra levar um relacionamento amoroso adiante?
Todo mundo se pergunta sobre isso, tem curiosidade, muitos falam sobre, abordam as regras de uma boa relação, ditam passo-a-passo como fazer pra perdurar uma ficadinha.

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Será mesmo que alguém além de mim sabe o que fazer com a pessoa que está ao meu lado?
Eu acho que não, não mesmo.

Partindo da premissa de que é super-hiper-ultra-mega-power difícil conviver dia a dia com outro alguém, não existem formas nem fórmulas de se agradar uma pessoa 24 horas por dia.
Não se agrada gregos e troianos, nem mulheres nem homens ao mesmo tempo.
Quando uma das partes parece satisfeita em algum aspecto, é fato, o outro lado não está. É claro que pra cada regra, uma exceção, existe sim aqueles casaizinhos chatos e monótonos, que acham tudo super-bacana, não discutem e nem se desentendem. Será que esse é mesmo um modelo de relação?

Já ouvi dizer que sou meio egoísta, tenho um quê de autoritária, e totalmente cabeça dura, intransigente mesmo, confesso. Gosto das coisas á seu tempo, que as coisas sejam feitas sobre a minha maneira. Gosto das coisas claras, gosto de conversar bastante, e não gosto de deixar nada por ser dito, penso e falo, sofro de uma síndrome que atinge milhares de pessoas, "os sem-filtro".
Sempre existe um ponto de equilíbrio, nem sempre eu falo tudo o que vem nessa minha fértil consciência, pois se falasse... ah se eu falasse. Pobres aqueles que me rodeiam...

Um relacionamento que não tenha brigas e discussões, não é um relacionamento, é um marasmo. O ser humano não foi feito pra se entender, foi feito pra discutir, melhorar e crescer, independente de entendimento. Um casal que discute e se desentende de vez enquando, é um trilhão de vezes mais saudável do que aquele que está sempre nas nuvens. Eu costumo dizer que tudo melhora depois de uma briga. A saudade bate, o arrependimento faz tu pensares melhor, repensar se tu és o certo realmente, te faz ter medo e receio de perder a outra pessoa, o sexo depois de uma briga é mais abrangente, o desejo é maior, a vontade não se contém. Enfim, uma briguinha como dizem, apimenta sim um relacionamento.

Indispensável entre duas pessoas também, é o ciúmes. Sim, um ciúme sadio, que provoca aquela raivazinha, um descontentamento momentâneo. Ciúme de mais externa uma realidade meio doentia, possessiva, sufocante. Ciúme de menos, também sufoca. Sufoca por ter liberdade demais, por saber que não se pertence a ninguém. O melhor sempre é procurar um meio termo, não ser demais, mas também não deixar de ser. Ter ciúmes, e ser ciumento, são coisas totalmente distintas, eu sou uma prova real disso. Tenho muito ciúmes, tudo me deixa com a pulga atrás da orelha, mas não demonstro, não transpasso, tanto que pareço não ser ciumenta (meu namorado que o diga).

Tantas coisas que tantos dizem. Algumas se aplicam a algumas pessoas, outras não.
Particularmente, eu acho que uma relação homem-mulher é feita de respeito basicamente, quem não aprendeu isso quando guri, não aprende mais. Tenha paciência, mesmo que ás vezes pareça algo extremamente impossível, mantenha a calma, respire fundo e pense se realmente és tu quem tem razão. Nem sempre o teu certo, é o certo de alguém.

O companheirismo é vital, sem ele tudo perde a graça, e as coisas com certeza vão ladeira abaixo.

O amor, ah o amor...
Tem gente que pensa que o amor é mais importante do que todas as outras coisas num relacionamento. Essas são as pessoas que se contentam sempre com pouco. Não seja assim. Além do amor, existe a paixão, além do amor, existe a compreensão, além do amor, existe o tesão, além do amor, existe a valorização, além do amor, existe o carinho a doação.

Creia-me, nada exige mais doação do que uma relação.



1 de fev. de 2010

Retóricas

Hoje, nesse exato momento, eu não sei mais quem eu sou.

Eu não sou mais aquela que delirava com a liberdade, eu não sou mais aquela cuja coragem e desenvoltura era a principal meta, eu não sou mais aquela que se alegrava facilmente com qualquer coisa, eu não sou mais aquela que compreendia o mundo e suas dores, eu não sou mais aquela que agia mesmo que estivesse redondamente equivocada. Eu não sou.
Eu não sou eu, não mais.

Sou fraca, impassível, por vezes chorosa demais, melancólica demais, frustrada demais.
Hoje eu sou aquela que espera as coisas acontecerem, que o destino tome conta das minhas reais vontades. Sou quem diz "eu espero pra ser feliz".
Mas não, não mais, eu não quero ser assim.

Eu quero voltar a sentir medo, ser mais agressiva, não ter certos melindres.
Eu quero correr atrás da minha felicidade, mesmo que para isso, eu tenha que deixar, hábitos, lugares e pessoas, principalmente pessoas para trás.

Será que consigo?
Será que devo?
Será que é o certo?

Minha existência não cabe mais dúvidas, saturou.
Se eu devo ou não, só o tempo e ele me dirá.

Assim espero.

24 de jan. de 2010

Pra ser sincera

Sinto algo estranho nos últimos dias.
Algo que não sei bem explicar.
Algo que me incomoda demais, mas eu não descubro o que é.
Eu vivo um momento bom, relativamente estável na minha vida. Mas essa melancolia persiste.
Talvez por eu saber a verdade e não querer que ela venha á tona. Talvez por eu saber que nem tudo é como eu imaginava que fosse, ou que uma hora ou outra as coisas mudam, pra pior e pra melhor, mas essa mudança, me deixa inquieta.

Eu tenho tido vários pensamentos diferentes da minha real vontade.
De repente me deparei com algumas verdades constantes, que não mudam, mas que eu temo que cheguem a mim.
Nunca gostei de ser expectadora da minha história, sempre fui a protagonista, e nunca esperei que o destino me dissesse o que fazer.
Mas agora, nesse exato momento, eu me encontro de mãos atadas, diante de uma situação tão paradoxal.

De duas uma, ou eu dou um passo, erroneamente ou acertadamente, pois não terei como saber, seguro as consequências e a minha consciência gritando que eu sou impulsiva, mas que fiz a coisa certa a se fazer, ou eu me sento, espero, vejo, ouço e penso em tudo o que se passa na minha volta, e aguardo, pois as coisas sempre tomam o seu caminho independente do que façamos ou não, nós somos inerentes as mudanças.

Cometo o pecado de não saber perdoar, e por isso talvez, esse receio todo de me ferir.
Ferir-me? Machucar-me? Decepcionar-me?
Eu sei que vou, mais cedo ou mais tarde.
Eu tenho o péssimo costume de confiar demais nas pessoas, de contar coisas, de esperar delas, mais do que elas podem dar, justamente por achar que todos são iguais a mim.

A minha eloquência diante de tantos maus feitos está ficando escassa.
A retórica é visível, e mesmo assim, nada muda, ou tudo estagnizou, esperando o fim que é iminente.

O preço que se paga ás vezes é alto demais, e eu não estou disposta a pagar pra ver.
Essa linha entre o querer e o poder, está ficando cada vez mais tênue, e há tanto tempo, há tantos planos, há tanta vida...

"Pensei que era liberdade, mas na verdade, eram as grades da prisão..."
H.G

Me enganei, mais uma vez.

10 de jan. de 2010

O ovo apunhalado



"Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas.

(...)

Deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver nascer uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente.

(...)

Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?"

(Caio Fernando)



Heavy Soul

I know I know I know
Part of me says let it go

And life happens for a reason

I don't I don't I don't

Cause it never worked before
But this time, this time
I'm gonna try anything to just feel better