8 de jun. de 2010

I miss you

Perder quem se ama é tão triste.
Tão sem lógica, tão cruel.
O teu coração se divide em partes que parecem nunca mais se reecontrarem novamente.
A tua mente, no momento da perda, não raciocina, tu não consegue chorar, nem demonstrar nada além de uma interminável tristeza.

É só depois que tudo acaba, quando se está sózinho, frente a uma foto, ouvindo a voz de quem partiu, pensando nos bons e maus momentos, que a verdade vem á tona.
E é aí que choro brota com naturalidade.

E quando lembramos dos momentos, dos risos, das falas, das piadas, das chamadas de atenção, das brincadeiras, das musiquinhas... Ah, as musiquinhas..

"Eu me chamo brugre véio, morador lá do peráu
Comendo carne de bicho e roendo casca de pau"

Eu lembro das vezes que fomos a praia, dos meses que ficávamos lá.
Era tão maravilhoso, limpar a casa toda, cortar a grama e só depois de um dia todo de trabalho, poder descansar.
E ele sempre agitado, querendo fazer tudo, se machucava em quase todos os seus afazeres.

Ninguém pode imaginar a falta que esse velho faz.
Ninguém pode saber a saudade que eu sinto do meu velho.
Ninguém sabe como é triste não te ter aqui, perto de mim.

Hoje tu faria 90 anos...
Saudade inexplicável!
Que tu olhe por mim, pela tua família aí de cima Vô!


"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai pra sempre"
(Bob Marley)

7 de jun. de 2010

Our name is virtue


Eu preciso aprender a ser menos dramática.
Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos?
Pois é. Estranho. Mas eu preciso.
Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma.
Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito.
Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de pare bem no meio da minha frase?
Confesso: eu não consigo.
Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre, me chama e eu vou com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou!
Existe aí algum remedinho para não-sentir?
Quer saber?
Existe.
Existe e eu preciso.
Preciso e não quero.

6 de jun. de 2010

Amor , meu grande amor

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras

Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber, se sou fogo ou se sou água

Amor, meu grande amor, e chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente

Pois tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho, desde o fim, até o começo

Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça
E quando me quiser, que seja de qualquer maneira...

Enquanto me tiver, que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor me reconheça