1 de mai. de 2011

Mateus 26:48-49




Hoje não foi um bom dia.
Foi um péssimo dia. Foi um dia que eu preferia que não tivesse existido.
Todas os meus erros deixaram feridas, e quando eu as olho, lembro do quanto sofri e do que eu aprendi com elas.
Mas agora, realmente, eu não sei o que fazer com essa cicatriz.
Ela é uma ferida pungente, que dói sempre que me lembro, quando eu sinto o cheiro do medo, ou o gosto das minhas lágrimas salgadas caindo do meu rosto.
Ainda me pergunto o que saiu errado. Por que? Por que comigo? Por que assim? Por que agora?
Esse algo a mais sempre me faltou, nunca me senti plena como deveria estar.
Era algo que de tão arraigado em minha alma, me confundia entre onde começava o eu e terminava ele.

Quem convive comigo sabe. Eu não sou prática. Eu não sou constante. Eu não sou certeza. E eu não sou sempre eu.

Quando se é criado por um homem honesto, educado, inteligente e gentil, fica praticamente impossível aceitar algum modelo externo que fuja disso, alguém que não tenha nem metade das qualidades que os teus próprios instintos suplicam.
Não é algo que eu possa controlar, que eu possa dizer "pára instinto, eu quero mesmo assim!" Faz parte do meu eu, de quem eu sou, da minha personalidade e do que eu quero ser.

Ainda não consegui distinguir se sinto raiva, rancor, mágoa, medo, vergonha, nojo, amor, saudade, ira. Nesse momento, tudo fica misturado e condicionado a fazer parte da bagunça que virou a minha cabeça.

Tenho certeza apenas de três coisas:
Existe uma linha tênue entre perder e se achar.
Existe um abismo entre o que eu quero, e o que é bom pra mim.
E eu não tenho pressa.

Como diz um amigo, eu espero muitas coisas da vida, mas a vida também espera muitas coisas de mim.


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